Este capítulo trata da montagem dos      programas de musculação, ou mais especificamente da metodologia      utilizada para essa montagem. Muitos autores abordam essas      montagens em seus trabalhos, porém poucos tratam com      profundidade o assunto.
Badillo e      Ayestarám (2001) sugerem que uma seqüência adequada de      exercícios permite um efeito maior do que se esses exercícios      fossem realizados separadamente, e o tempo de aplicação de um      método de trabalho é limitado pela permanência de seu efeito      positivo dentro de um ciclo de treinamento.
Promover      adaptações estruturais e fisiológicas no organismo dos      executantes é um dos principais objetivos do treinamento de      musculação, e a magnitude dessas adaptações é proporcional à      demanda imposta pela carga de treinamento, em que todas as      formas de progressão devem ser levadas em consideração para      aprimorar, de forma racional, a carga de treinamento.
A carga de      treinamento deve ser no mínimo suficiente para aprimorar o      rendimento, e nesse sentido podemos encontrar grandes diferenças      entre um iniciante no treinamento de musculação, um      intermediário e um avançado, principalmente em relação a sua      treinabilidade, ou seja, quanto mais alto for o seu nível de      condicionamento físico, menor será a amplitude de sua resposta      adaptativa ao estímulo. Dessa forma, deve existir uma      preocupação grande em relação à estruturação de um programa de      musculação, no qual a sobrecarga progressiva é um dos fatores      decisivos para que o aluno tenha um bom desempenho, ou, em caso      negativo, haja o aparecimento de muitas lesões.
1. Sugestões      Básicas para Iniciar o Treinamento de Força Muscular
Bompa (2000)      sugere que:
-       Antes de desenvolver a força muscular, se desenvolva a flexibilidade - a maioria dos exercícios de força, especialmente os que utilizam pesos livres, emprega larga amplitude de movimento ao redor das grandes articulações.
 -       Antes de desenvolver a força muscular, se fortaleça os tendões e os ligamentos - o aumento da força muscular normalmente excede a capacidade de adaptação dos tendões e dos ligamentos; dessa forma, trabalhos com intensidades elevadas, de maneira prematura, ou em um curto período de tempo para adaptação, podem oferecer riscos aos sistemas de suporte.
 -       Antes de desenvolver os membros, desenvolva o tronco - os músculos do tronco funcionam como uma unidade que proporciona estabilização e, mantêm o tronco fixo durante os movimentos de braços e de pernas.
 
2. Cuidados      para a Montagem dos Programas
Para montar      programas adequadamente, devemos primeiro realizar algumas      relações que poderão interferir diretamente no sucesso do      programa.
Dentre elas destacamos:
Dentre elas destacamos:
Aparelhos (máquinas) x Pesos livres
A utilização de      aparelhos nos traz algumas vantagens em relação ao peso livre,      assim como traz desvantagens. Temos como principais vantagens na      utilização de aparelhos, a forma guiada e as trajetórias      definidas que se tornam muito interessantes para praticantes      iniciantes que apresentam dificuldade na coordenação do      movimento, ou para praticantes mais experientes que treinam      sozinhos (sem parceiro de treino), diminuindo o risco de lesão      por não conseguirem realizar a repetição. Outro uso interessante      está associado ao treinamento de potência, em que a velocidade      de execução deve ser a mais rápida possível, sem a perda da      eficiência.
Os pesos livres      não apresentam essas vantagens, porém, devido à liberdade de      movimento, oferecem uma enorme versatilidade, em que suas opções      de exercícios são praticamente ilimitadas. Assim, podemos dar      ênfase em porções musculares distintas e melhorar os níveis de      coordenação motora específica, e por isso os pesos livres têm a      preferência dos praticantes mais experientes.
Exercícios multiarticulares x Exercícios monoarticulares
Quando realizamos      a montagem, devemos sempre ter em mente tanto os nossos      objetivos como os do aluno (praticante), de modo que possamos      utilizar os exercícios mais adequados para o programa.
Na execução de      exercícios multiarticulares ocorre uma divisão do trabalho entre      as articulações, o que promove uma tolerância a cargas mais      elevadas e com uma intensidade de trabalho maior. Dessa forma,      para treinar grandes grupos musculares em praticantes      iniciantes, esta parece uma maneira interessante de escolher os      exercícios, pois oferece menor risco de lesão e maior facilidade      de execução.
A execução de      exercícios monoarticulares - a não-divisão do trabalho com      outras articulações - diminui a intensidade total, mas aumenta o      estímulo na musculatura em questão, o que pode ser interessante      para objetivos específicos, como veremos em um exemplo de      montagem de programa associada à articulação adjacente.
Variabilidade
O treinamento de      musculação tem uma natureza repetitiva, o que o torna muito      monótono, dificultando o seu sucesso, mesmo porque após um      determinado período de treinamento sem variações dentro de um      ciclo, há uma estagnação dos resultados. A variação na escolha e      na utilização dos exercícios é muito importante; portanto      deve-se mudar os exercícios para os grupos musculares bem como a      sua seqüência. Contudo, uma mudança muito rápida dos meios não      permite obter rendimento; dessa forma, sugere-se mudanças mais      rápidas quando os objetivos são gerais (praticantes iniciantes)      e mudanças um pouco mais demoradas quando os objetivos são      específicos (praticantes avançados ou em preparação para uma      competição).
Grandes grupos musculares x Pequenos grupos musculares
De maneira geral,      devemos realizar os exercícios primeiramente para os grupos      grandes grupos musculares, seguidos por grupos médios, e somente      ao final da montagem é que devemos realizar exercícios para      pequenos grupos musculares. Isso se deve ao fato de que os      pequenos grupos musculares têm uma tendência a atingir a fadiga      mais rapidamente que os grandes, e, muitas vezes, os pequenos      grupos musculares auxiliam os médios e os grandes na realização      de seus trabalhos, o que nos leva a sugerir que em programas      para praticantes iniciantes essa seqüência seria benéfica, assim      como para alunos intermediários e avançados.
Número de exercícios por grupo muscular
Dependendo da      fase de treinamento em que o praticante se encontra      (iniciante/intermediário/avançado), podemos sugerir um número      adequado de exercícios por grupo muscular. Em programas para      iniciantes, não temos a necessidade de mais de um exercício por      grupo muscular; já para intermediários, podemos trabalhar com      dois exercícios; e para avançados, sugere-se realizar três      exercícios para grandes grupos musculares e dois para pequenos      ou quatro para grandes e três para pequenos, dependendo do      intervalo entre os treinos para esse grupo muscular e da      conseqüente intensidade de estímulo.
Montagem dos programas e Métodos de treinamento
Observamos com      freqüência um confusão entre essas duas estratégias, mas elas      são significativamente diferentes: montagem dos programas são as      opções que temos para estabelecer a ordem seqüencial dos      exercícios na ficha de treinamento, ou seja, a seqüência em que      estão elencados para sua realização (por exemplo: alternada por      segmente ou direcionada por grupo muscular, entre outros);      métodos de treinamento são as opções que podemos ter para a      realização do treino em função da montagem estabelecida, através      da relação entre as variáveis do programa que são; números de      grupos (séries), números de repetições, peso estabelecido,      amplitude de movimento, velocidade de execução, intervalo entre      os grupos e intervalo entre os exercícios (por exemplo: na      montagem alternada por segmente, podemos aplicar os sistemas      seriado, circuitado, agrupado, entre outros, e na montagem      direcionada por grupo muscular, podemos aplicar os sistemas      seriado, pirâmide, drop set, entre outros).
Divisão de programas
A divisão de programas acontecerá sempre que a sessão de treinamento for muito longa para ser realizada em um único dia. Podemos então dividir em dois, três ou mais programas distintos, mas sempre respeitando o intervalo adequado entre os estímulos para o mesmo grupo muscular. A determinação dos músculos que deverão fazer parte de cada programa depende da montagem deste, por exemplo: em uma montagem agonista/antagonista, os músculos peitoral maior e latíssimo do dorso precisam estar no mesmo programa; já na montagem direcionada por grupo muscular, normalmente eles estão em programas distintos. Vamos observar a seguir alguns exemplos de divisões. Tratam-se de divisões comuns, mas não necessariamente as mais interessantes.
48 a 72 horas      de intervalo entre os estímulos
| Segunda | Terça | Quarta | Quinta | Sexta | Sábado | Domingo | 
| Programa  A  |        Programa  B  |        Programa  A  |        Programa  B  |        Programa  A  |        Programa  B  |        --- | 
Programa A: membros superiores;
Programa B: membros inferiores e coluna.
72 a 96 horas de intervalo entre os estímulos
| Segunda | Terça | Quarta | Quinta | Sexta | Sábado | Domingo | 
| Programa  A  |        Programa  B  |        --- | Programa  A  |        Programa  B  |        --- | --- | 
Programa A: membros superiores;
Programa B: membros inferiores e coluna.
ou
| Segunda | Terça | Quarta | Quinta | Sexta | Sábado | Domingo | 
| Programa  A  |        Programa  B  |        Programa  C  |        Programa  A  |        Programa  B  |        Programa  C  |        --- | 
Programa A: peito e tríceps;
Programa B: costas e bíceps;
Programa C: ombro e membros inferiores.
168 horas de intervalo entre      os estímulos
| Segunda | Terça | Quarta | Quinta | Sexta | Sábado | Domingo | 
| Programa  A  |        Programa  B  |        Programa  C  |        Programa  D  |        Programa  E  |        Programa  F  |        --- | 
Programa A: peitoral e adutores do quadril;
Programa B: anteriores do braço e quadríceps;
Programa C: deltóides (parte clavicular e parte acromial) e tríceps sural;
Programa D: dorsais, trapézio, deltóide (parte espinal) e glúteo médio;
Programa E: tríceps braquial e posteriores da coxa;
Programa F: antebraço, anteriores da perna e abdome.
3. Cuidados Básicos de      Montagem do Programa de Treino
Após as relações feitas, estamos      prontos para sugerir algumas montagens do programa, que não são      as únicas opções, porém as que nos parecem mais adequadas para      um treinamento completo e progressivo. Seguindo essa linha,      iremos propor as formas de montagem: alternada por segmento;      localizada por articulação (agonista/antagonista e completa);      associada à articulação adjacente; direcionada por grupo      muscular; e mista.
Essas sugestões de montagem não      irão respeitar a divisão de programas, e todos os grupos      musculares poderão ser trabalhados, já que não levaremos em      consideração o nível de aptidão física do praticante e o número      específico de exercícios por grupo muscular.
Nessas propostas de montagem, não      serão feitos exercícios para todos os grupos musculares, nem      todos os programas que devem fazer parte do treinamento do      praticante em cada fase, já que esses exercícios e programas      devem ser individualizados. Estamos indicando as formas de      estruturação, porém, o treinamento deve ser prescrito pelo      profissional responsável pela sua preparação, sempre seguindo      seus objetivos.
Alternada por segmento
Esta montagem é a mais utilizada em trabalhos circuitados e em programas para iniciantes. Isso se dá pelo fato da seqüência de exercícios ser realizada utilizando grupos musculares corporais diferentes.
No trabalho circuitado, essa      montagem é interessante quando realizamos através do sistema de      passagens e não do sistema seriado, por permitir um menor      intervalo entre os exercícios, deixando, dessa forma, o treino      mais dinâmico.
No programa para iniciantes, este      tipo de montagem leva vantagem em relação aos demais por ser a      forma de execução de menor dificuldade e por permitir um maior      intervalo entre os estímulos nas articulações e nos músculos que      assessoram o trabalho, não havendo, portanto, a necessidade de      um grande lastro fisiológico.
Para a montagem, devemos seguir      como regra básica a alternância entre as articulações      trabalhadas: articulações que envolvam os movimentos dos membros      superiores (escápulo-torácica/cintura escapular, ombros,      cotovelo e punho); articulações que envolvam os movimentos dos      membros inferiores (quadril, joelho e tornozelo); e articulações      que envolvam os movimentos da coluna (intervertebrais), não      necessariamente nessa ordem.
A seguir, apresentamos um exemplo      de montagem:
| Músculos Priorizados | Movimento Articular | Material Utilizado | Nome Popular | 
| Peitoral maior | Flexão horizontal de ombro | Aparelho supino | Supino reto | 
| Quadríceps femoral | Extensão de joelho | Leg Press | Leg Press | 
| Reto do abdome | Flexão de coluna à 45° | Colchonete | Abdominal | 
| Latíssimo do dorso | Extensão de ombro | Polia baixa | Remada baixa | 
| Posteriores da coxa | Flexão de joelho | Mesa flexora | Mesa romana | 
| Oblíquos Interno/ Externo (lado oposto)  |        Flexão de coluna com rotação  |        Colchonete | Abdominal com rotação  |       
| Deltóide (partes clavicular e acrominal)  |        Abdução de ombro | Aparelho de desenvolvimento  |        Desenvolvimento | 
| Adutores do quadril | Adução de quadril | Cadeira adutora | Cadeira adutora | 
| Oblíquos/Quadrado lombar  |        Flexão lateral de coluna  |        Polia baixa | Flexão lateral | 
| Tríceps braquial | Extensão de cotovelo | Polia alta | Tríceps pulley | 
| Glúteo médio | Abdução de quadril | Cadeira abdutora | Cadeira abdutora | 
| Grupo eretor da coluna  |        Extensão de coluna | Cadeira inversora | Hiperextensor | 
| Bíceps braquial | Flexão de cotovelo | Halter peso fixo | Rosca simultânea | 
| Tríceps sural | Flexão plantar | Pressão de sóleo | Panturrilheira | 
Localizada por articulação
Neste programa, as montagens podem seguir duas estruturas, chamadas agonista/antagonista e completa.
Na montagem agonista/antagonista,      Field e Roberts (1999) sugerem que sempre que um exercício      trabalhar determinado grupo muscular, o exercício seguinte      deverá ser para o seu antagonista (ambos utilizando as mesmas      articulações). Depois de trabalho o agonista e o antagonista,      deve-se alternar o segmento corporal, e os próximos dois      exercícios deverão trabalhar o agonista e o antagonista      utilizando novas articulações. Na montagem completa, dado um      exercício, todos os movimentos da articulação deverão ser      explorados.
Bittencourt (1984) faz algumas      considerações sobre este tipo de montagem de programas: o      trabalho muscular fica concentrado em uma região, promovendo      assim um maior fluxo sangüíneo para aquele local; a fadiga      muscular localizada ocorrerá mais rápido em relação à montagem      alternada por segmento; e ocorre uma dificuldade maior de      realização das repetições iniciais devido ao fato de o grupo      muscular trabalhado no exercício anterior promover uma frenagem      involuntária do antagonista.
A seguir, apresentamos dois      exemplos de montagem: um para agonista/antagonista e outro para      completa.
Agonista/Antagonista
Músculos Priorizados  |        Movimento Articular  |        Material Utilizado  |        Nome Popular  |       
| Peitoral maior | Flexão horizontal de ombro  |        Aparelho supino | Supino reto | 
| Latíssimo do dorso | Extensão de ombro | Polia baixa | Remada baixa | 
| Quadríceps femoral | Extensão de joelho | Leg Press | Leg Press | 
| Posteriores da coxa | Flexão de Joelho | Mesa flexora | Mesa romana | 
| Latíssimo do dorso Redondo maior  |        Adução de ombro | Polia alta | Pulley frente | 
| Deltóide (partes clavicular e acrominal)  |        Abdução de ombro | Aparelho de desenvolvimento  |        Desenvolvimento | 
| Adutores do quadril | Adução de quadril | Cadeira adutora | Cadeira adutora | 
| Glúteo médio | Abdução de quadril | Cadeira abdutora | Cadeira abdutora | 
| Tríceps braquial | Extensão de cotovelo | Polia alta | Tríceps pulley | 
| Bíceps braquial | Flexão de cotovelo | Halter com peso fixo  |        Rosca simultânea | 
| Tríceps sural | Flexão plantar | Pressão de sóleo | Panturrilheira | 
| Tibial anterior/ Fibular terceiro  |        Dorsiflexão | Polia baixa | Dorsiflexão | 
| Reto do abdome | Flexão de coluna à 45° | Colchonete | Abdominal | 
| Grupo eretor da coluna  |        Extensão de coluna | Cadeira inversora | Hiperextensor | 
| Oblíquos/Quadrado lombar  |        Flexão lateral de coluna à direita  |        Polia baixa | Flexão lateral à direita | 
| Oblíquo/Quadrado lombar  |        Flexão lateral de coluna à esquerda  |        Polia baixa | Flexão lateral à esquerda  |       
 Completa 
Montagem para três articulações: ombro, quadril e coluna.| Músculos Priorizados | Movimento Articular | Material Utilizado | Nome Popular | 
| Peitoral maior | Flexão horizontal de ombros  |        Aparelho supino | Supino reto | 
| Latíssimo do dorso/ redondo maior  |        Adução de ombro | Polia alta | Pulley frente | 
| Latíssimo do dorso | Extensão de ombro | Polia baixa | Remada baixa | 
| Deltóide (partes clavicular e acromial)  |        Abdução de ombro | Aparelho de desenvolvimento  |        Desenvolvimento | 
| Íliopsoas/ Reto femoral  |        Flexão de quadril | Polia baixa | Flexão de quadril | 
| Adutores do quadril | Adução de quadril | Cadeira adutora | Cadeira adutora | 
| Glúteo máximo/ Posteriores da coxa  |        Extensão de quadril | Aparelho glúteo | Aparelho glúteo | 
| Glúteo médio | Abdução de quadril | Cadeira abdutora | Cadeira abdutora | 
| Reto do abdome | Flexão de coluna à 45° | Colchonete | Abdominal | 
| Oblíquos/Quadrado lombar  |        Flexão lateral de coluna  |        Polia baixa | Flexão lateral direita/esquerda  |       
| Grupo eretor de coluna  |        Extensão de coluna | Cadeira inversora | Hiperextensor | 
| Oblíquo interno/ externo - lado oposto  |        Flexão de coluna com rotação  |        Colchonete | Abdominal oblíquo | 
Associada à articulação      adjacente
Esta é uma forma de promover a pré-exaustão na musculatura trabalhada em um primeiro exercício. Isso se dá por ser um estímulo específico para a musculatura em questão, e no exercício seguinte, com o auxílio de outra(s) articulação(ões) e outros músculos, pode-se chegar a exaustão.
Exemplo de montagem para cinco      grupos musculares:
| Músculos Priorizados | Movimento Articular | Material Utilizado | Nome Popular | 
| Peitoral maior | Flexão horizontal de ombro  |        Halter com peso fixo/Banco  |        Crucifixo | 
| Peitoral maior/ Tríceps braquial  |        Flexão horizontal de ombros/Extensão de cotovelo  |        Aparelho supino | Supino reto | 
| Quadríceps femoral | Extensão de joelho | Cadeira extensora | Cadeira extensora | 
| Quadríceps/Glúteo máximo  |        Extensão de joelho e quadril  |        Leg Press | Leg Press | 
| Deltóide (partes clavicular e acrominal)  |        Abdução de ombro | Halter com peso fixo  |        Elevação lateral | 
| Deltóide (partes clavicular e acrominal)/ Tríceps braquial  |        Abdução de ombro/ Extensão de cotovelo  |        Aparelho de desenvolvimento  |        Desenvolvimento | 
| Adutores do quadril | Adução de quadril | Cadeira adutora | Cadeira adutora | 
| Adutores do quadril/ Quadríceps  |        Adução de quadril/ Extensão de joelho  |        Gaiola de agachamento  |        Agachamento com os pés afastados  |       
| Bíceps braquial | Flexão de cotovelo | Halter com peso fixo  |        Rosca simultânea | 
| Bíceps braquial/ Latíssimo do dorso  |        Flexão de cotovelo/ Extensão de ombro  |        Barra fixa | Barra fechada | 
Direcionada por grupo      muscular
Verkhoshanski (2001) relaciona o      efeito do treinamento parcial e do treinamento cumulativo, e      podemos perceber com clareza que o treinamento cumulativo      provoca respostas adaptativas mais rápidas e de maior amplitude      que o treinamento parcial. Dessa forma, podemos sugerir que os      programas montados segundo essa estrutura devem ser indicadas      para praticantes intermediários ou avançados.
Nesta montagem, a intenção é      levar o grupo muscular à maior fadiga possível; por isso,      deve-se dirigir exercícios que trabalhem a mesma musculatura      seguidamente, e após iniciar o trabalho para outro grupo      muscular, não devemos mais voltar àquele.
Sempre que possível, deve-se      utilizar exercícios que dêem ênfase diferenciada para o grupo      muscular trabalhado.
Exemplo de montagem para cinco      grupos musculares com três exercícios para cada grupo:
Músculos Priorizados  |        Movimento Articular  |        Material Utilizado  |        Nome Popular  |       
| Peitoral maior | Flexão horizontal de ombro  |        Barra longa/Banco | Supino reto | 
| Peitoral maior | Flexão horizontal de ombro  |        Barra longa/Banco 45°  |        Supino inclinado | 
| Peitoral maior | Adução de ombro | Polia dupla (alta) | Cross Over | 
| Posteriores da coxa | Extensão de quadril | Halter barra longa  |        Stiff | 
| Posteriores da coxa | Flexão de joelho | Mesa flexora | Mesa romana | 
| Posteriores da coxa | Flexão de joelho | Cadeira flexora | Cadeira flexora | 
| Deltóide (partes clavicular e acrominal)  |        Abdução de ombro | Aparelho de desenvolvimento  |        Desenvolvimento | 
| Deltóide (partes clavicular e acrominal)  |        Abdução de ombro | Halter com peso fixo | Elevação lateral | 
| Deltóide (partes clavicular e acrominal)  |        Flexão de ombro | Halter com peso fixo | Elevação frontal | 
| Tríceps sural | Flexão plantar | Hack machine | Gêmeos em pé | 
| Tríceps sural | Flexão plantar | Pressão de sóleo | Panturrilheira lateral | 
| Tríceps sural | Flexão plantar | Pressão de sóleo | Panturrilheira média | 
| Tríceps braquial | Extensão de cotovelo  |        Polia alta | Tríceps pulley | 
| Tríceps braquial | Extensão de cotovelo  |        Dois bancos | Tríceps banco | 
| Tríceps branquial | Extensão de cotovelo | Barra longa/Banco | Tríceps testa | 
Mista
Os programas são estruturados      através de duas ou mais montagens das anteriormente citadas. A      forma mista é muito utilizado quando o indivíduo tem objetivos      diferentes para alguma ou diversas partes do corpo.
Bittencourt (1994) sugere que      esta é a forma mais utilizada nas sessões de treinamento,      principalmente quando o treinado é tão avançado no treino de      musculação quanto conhecedor dos diversos tipos de programa.
Exemplo de montagem com objetivo      de hipertrofia muscular para membros superiores - direcionada      por grupo muscular (três grupos musculares); resistência      muscular localizada para membros inferiores - localizada por      articulação: agonista/antagonista (quatro grupos musculares); e      resistência muscular localizada para a coluna - localizada por      articulação: completa (quatro ênfases diferentes):
Músculos Priorizados  |        Movimento Articular  |        Material Utilizado  |        Nome Popular  |       
| Peitoral maior | Flexão horizontal de ombro  |        Barra longa/Banco | Supino reto | 
| Peitoral maior | Flexão horizontal de ombro  |        Barra longa/ Banco 45°  |        Supino inclinado | 
| Peitoral maior | Adução de ombro | Polia dupla (alta) | Cross Over | 
| Deltóide (partes clavicular e acrominal)  |        Abdução de ombro | Aparelho de desenvolvimento  |        Desenvolvimento | 
| Deltóide (parte clavicular e acrominal)  |        Abdução de ombro | Halter com peso fixo | Elevação lateral | 
| Deltóide (partes clavicular e acrominal)  |        Flexão de ombro | Halter com peso fixo | Elevação frontal | 
| Tríceps branquial | Extensão de cotovelo | Polia alta | Tríceps pulley | 
| Tríceps braquial | Extensão de cotovelo | Dois bancos | Tríceps banco | 
| Tríceps braquial | Extensão de cotovelo  |        Barra longa/Banco | Tríceps testa | 
| Quadríceps femoral | Extensão de joelho | Pressão de perna | Leg Press | 
| Posteriores da coxa | Flexão de joelho | Mesa flexora | Mesa romana | 
| Tríceps sural | Flexão plantar | Pressão de sóleo | Panturrilheira | 
| Tibial anterior/ Fibular 3°  |        Dorsiflexão | Polia baixa | Tibial no puxador | 
| Reto do abdome | Flexão de coluna à 45° | Colchonete | Abdominal | 
| Oblíquos/ Quadrado lombar  |        Flexão lateral de coluna  |        Polia baixa | Flexão lateral direita/esquerda  |       
| Oblíquos interno/ externo lado oposto  |        Flexão de coluna com rotação  |        Colchonete | Abdominal oblíquo | 
| Grupo eretor da coluna  |        Extensão de coluna | Cadeira inversora | Hiperextensor | 

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